sábado, novembro 25, 2006

Tempesta

O dia estava
na verdade
negro.
O mar estava medonho.
Olhei-o nos olhos
eternamente tristonhos

Quero apenas dizer-te
que dentro deste eterno encontro verde
nada pode esmorecer.

terça-feira, abril 25, 2006

Pupila

Na madrugada
desperta
as minhas pupilas
fitam as tuas pálpebras fechadas
Os teus espasmos
despertam-me para o amorfismo
da minha vigília
nenhum conforto me advém do teu
belo sono moreno.

Esmaga
com o teu corpo
os frutos podres de Morfeu
meu Orfeu.